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O Mountain Bike nasceu nos EUA na década de 70 e veio para o Brasil de forma mais presente no final da segunda metade da década de 80 e início dos anos 90. Os pioneiros do MTB nos EUA se divertiam com suas bikes adaptadas nos arredores de Marin County, Califórnia, mais precisamente no Monte Tamalpais. 

Quando chegou ao Brasil, o MTB seguiu com suas características originais, prezando pela técnica e diversão durante as competições que passavam a existir, tais como Copa Halls-Lâminas Schick e os Mountain Bike For Fun, esse último realizado em São Carlos. Esse era o MTB XCO.

Giovanini na Caloi

Foto: Sampa Bikers

Acontece que à época desses acontecimentos, as mountain bikes alcançavam um número muito menor de pessoas se comparado a hoje, pensando de uma maneira geral. E quando analisamos a trajetória do esporte após, principalmente, o Plano Real, vemos que um público muito mais diversificado começa a ir para as trilhas. Com isso, aumentam-se as possibilidades do uso das mountain bikes, passando a encontrá-las não mais só em trechos técnicos, mas também em estradões de terra batida: por um lado isso permitiu uma popularização do esporte, e por outro, afastou o MTB de sua característica mais marcante, o aspecto técnico de sua prática. De olho nessa nova formatação do MTB, os organizadores de provas que antes prezavam prioritariamente pelas habilidades técnicas dos ciclistas nos circuitos das competições, passaram a realizar eventos em que os percursos não mais limitavam tecnicamente a participação de praticamente nenhuma pessoa. Essa tendência acabou com vários campeonatos relevantes de MTB, e de certa forma tirou dos ciclistas a opção do XCO. 

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Foto: Bike Passos

Entra ano, sai ano, e uma tendência de regresso do XCO vem sendo apontada. Parece que os ciclistas que são mais acostumados com os estradões, além de buscarem técnicas mais apuradas, querem também expandir seus limites e se divertir de outras maneiras com seus companheiros de pedal. Essa tendência de retorno do XCO vem sendo apontado por diferentes pontos, tais como: construção de várias pistas de MTB XCO em cidades com tradição de pedaladas em estradões; maior busca por aulas de técnica de MTB (experiência própria do autor, que é professor nessa área); aumento do número de provas da modalidade; busca por excursões a Bike Parks. 

Foto: Vinicius Jacyntho

Foto: Vinícius Jacyntho

O ciclismo, como esporte capaz de atender um amplo número de pessoas, tem no XCO uma rica opção enquanto modalidade e equanto ferramenta de desenvolvimento técnico para outras modalidades. Sendo assim, esse movimento de retorno do XCO é muito bem vindo e necessário! 


Boas pedaladas!